quinta-feira, 28 de agosto de 2008

“Vida” após a morte?


Existe “vida” após a morte?


Acredito que só existam duas escolhas possíveis:

1- Quando morremos tudo termina, fim.
2- Continuamos existindo em algum estado de consciência (espírito, alma, etc.).

Não existem evidências que possa comprovar qual destas opções é a mais correta, mais de fato, dos 6.7 bilhões de habitantes hoje na terra a maioria prefere optar pela segunda opção.

Com base em 2001, a religião no mundo:

1 Cristianismo.......2.106.962.000 41,43%
2 Islamismo..........1.283.424.000 25,23%
3 Hinduísmo............851.291.000 16,74%
4 Religiões chinesas...402.065.000 7,91%
5 Budismo..............375.440.000 7,38%
6 Skihismo..............24.989.000 0,49%
7 Judaísmo..............14.990.000 0,29%
8 Espiritismo...........12.882.000 0,25%
9 Fé Bahá’í..............7.496.000 0,15%
10 Confucionismo.........6.447.000 0,13%
.............Total=5.085.986.000 100,00%


O ponto principal é, poderia a consciência não ser apenas uma conseqüência da atividade cerebral, ou seja, apenas uma propriedade física do cérebro?

Não, segundo a ciência, baseada nas leis de causa efeito e apoiado em alguns experimentos que puderam ser realizados ate agora, sugerem uma teoria puramente física, em analogia pode-se dizer que a consciência é como um programa, um softer, rodando em um hardware o cérebro, se o hardware for destruído o softer ou a consciência, simplesmente deixa de existir.

Porem há vários relatos documentados de forma cientifica que levantam duvidas pelo menos em parte sobre esta teoria, como exemplo o estudo dos casos de Experiências de quase-morte-EQM e o estudo desenvolvido pelo Dr.Ian Stevenson - Vidas passadas ,levam a uma reflexão de que a teoria proposta pela ciência atual não esteja completa, assim como a mecânica newtoniana, que parece explicar a física da vida diária, foi apenas a investigação de circunstâncias extraordinárias, envolvendo distâncias, velocidades ou massas, extremamente pequenas ou grandes, que revelou os limites do modelo newtoniano e a necessidade de se desenvolver modelos explicativos adicionais. Isto também se aplica à questão da compreensão do relacionamento consciência-cérebro. Desde Galileu e Newton, os físicos apresentaram novas idéias, das leis da termodinâmica e movimento, passando pela relatividade geral e mecânica quântica até o Big Bang e as teorias de supercordas de hoje, há muita coisa por descobrir, uma teorias puramente especulativas mais interresante como a da consciência quântico é uma tentativa da ciência em descobrir um modelo explicativo adicional relacionado a nossa consciência.

A única certeza, em relação a esta questão, é que não existe certeza, apenas possibilidades, apoiadas pela fé na ciência e em nossa criatividade de perceber o que ainda não pode ser entendido cientificamente.


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Apoiando a opção 1.

http://tyrannosaurus.wordpress.com/2008/04/30/alma-e-vida-apos-a-morte/

Este artigo procura analisar de maneira resumida a natureza/existência da alma e a possibilidade de “vida” após a morte.
Antes de conjeturar a existência da alma e o que acontece com alguém após a morte, se faz necessário definir e investigar conceitos e entidades que são essenciais em tal análise, como consciência, vida, alma.

A Consciência

A consciência [1] é uma qualidade da mente que inclui capacidades como subjetividade, auto-consciência e a habilidade de perceber a relação entre si próprio e o ambiente. Com a consciência temos o poder de perceber a existência do mundo e a nossa própria existência como indivíduos.
Para efeito deste artigo consciência e auto-consciência serão tratadas como algo unitário.
Pesquisas a respeito da consciência revelaram duas importantes descobertas:
- alguns animais aparentam possuir auto-consciência; [2]
- crianças pequenas (menores que 15-20 meses) não aparentam possuir
auto-consciência; [3]

Esses resultados levam à conclusão de que a auto-consciência surge / se desenvolve conforme o cérebro aumenta em complexidade, ou seja, o cérebro adquire auto-consciência quando ultrapassa um limiar na complexidade das conexões nervosas e do aprendizado e, portanto, a auto-consciência é uma função cerebral. Assim, a consciência é um estado que surge (acontece) quando existem condições para isso. Como analogia podemos compará-la a um motor em funcionamento: trabalho, rotação, força, torque acontecem quando o motor funciona; estas cessam quando deixam de existir condições para o funcionamento do motor (término do combustível, defeito mecânico, etc). Sendo assim, não cabe a pergunta “para onde vão as rotações do motor quando ele pára?”, pois elas não vão, elas simplesmente cessam, deixam de existir. Similarmente, algum dano cerebral pode fazer com que deixem de existir condições para o acontecimento da consciência. Durante o sono ou o coma reversível, a consciência cessa de maneira controlada, ela pode voltar quando houver condições para isso.Essa conclusão vai contra teorias[4], baseadas em depoimentos de experiências de quase-morte, que supõem que a consciência é exterior ao corpo e portanto sobreviveria à morte. Se a auto-consciência é uma função cerebral, isso significa que deixará de existir quando ocorrer a morte. As conseqüências desta conclusão são importantes na análise quanto à possibilidade de “vida” após a morte. (A título de curiosidade, uma das conseqüências desta conclusão é a previsão de que a auto-consciência poderá surgir / se desenvolver num cérebro artificial[5]).

O Que Caracteriza o Eu

O que sou eu? Ou seja, o que define “eu” de tal maneira que se algo se modificar eu não seja mais reconhecível aos que me conhecem ou a mim mesmo?Algumas filosofias afirmam que “nós não somos este corpo”, isto porém não pode ser verdade: a primeira coisa que somos é justamente este corpo. O que eu sou é primeiramente determinado pelo meu DNA, formado por genes de antepassados, em segundo lugar o local, a época e a sociedade onde nasci e cresci. São conseqüências do meu genótipo a minha aparência, meus gostos, minha maneira de pensar.
Em resumo eu sou:

a) Corpo

Construído de acordo com meu DNA, me confere a aparência que tenho. Se tivesse outra aparência teria uma personalidade diferente. Tanto é assim que se um acidente altera o rosto de uma pessoa ela normalmente deve fazer psicoterapia para evitar uma perda de identidade.

b) Memória

Na memória estão minhas experiências pessoais, tudo que vi e aprendi sobre tudo. A história da minha vida também me fez como sou. Se por doença ou senilidade eu perdesse a memória deixaria de ser quem sou, seria um estranho para os que me conhecem.

c) Consciência

Meu DNA e minhas experiências de vida formam minha personalidade e minha individualidade percebidas pela minha auto-consciência. Sem consciência eu seria apenas um vegetal. O “eu” é minha própria consciência. A personalidade também é afetada, e até certo ponto determinada, por substâncias químicas presentes no cérebro, hormônios como o estrogênio e a testosterona, demonstrando que a personalidade é produto do DNA, do corpo, do meio-ambiente. Os sentimentos podem ser gerados e controlados também por substâncias químicas. Pensamentos, raciocínio, sentimentos existem somente enquanto existe a consciência e o cérebro. Toda a atividade mental, enfim, depende da existência de um corpo.

A Alma

Não existe unanimidade no entendimento do que seria alma, de maneira geral existem dois pensamentos:
I) alma seria aquilo que dá vida (anima) à matéria (corpo) - Animus;
II) alma seria algo que se julga continuar vivo após a morte do corpo - Espírito;
Mais adiante serão analisadas as duas hipóteses.

Vida

A vida é normalmente definida como o “fenômeno que anima a matéria”.Considerando-se que duas células vivas dos pais se juntam para formar uma nova célula também viva, é quase forçoso supor a vida como algo que é transmitido, algo que vem junto com os gametas dos pais. Numa analogia, vida é como a chama que passa de uma vela para outra. Se assim é, vida não é algo que vem de fora e “entra num corpo”. E na morte, a vida, presente em um determinado ser, se extingue. Dessa maneira, não cabe a pergunta “para onde vai a vida”, pois ela simplesmente se extingue, deixa de existir. [6]Portanto se alma existe, ela não é aquilo que nos dá vida (hipótese I acima).

Vida após a Morte

Quando eu morrer meu corpo será destruído, nenhuma dúvida quanto a isso. Se parte do que sou desaparece isso significa que na eventualidade de existência de algo após a morte eu não serei eu integralmente.A memória, embora ainda não se conheça seu completo funcionamento, é uma função cerebral, nesse caso também será destruída com a destruição do cérebro.A consciência, conforme visto acima, também desaparecerá com a morte, e portanto também desaparecem pensamentos, raciocínio, sentimentos.O desaparecimento do corpo, da memória e da consciência significa o desaparecimento do “eu”. Nada do que compõe o “eu” restará. Neste caso, sendo a alma, por definição, algo que resta após a morte, seja lá o que ela for, não será eu (hipótese II acima).

Conclusão

Alma não é vida, o que anima a matéria; não é a consciência; nem raciocínio, pensamento, sentimentos, personalidade. Não se identifica nada que pudesse se chamar de alma [7]. Ou tal coisa não existe ou, se existe, esta não sou eu, pois como foi visto, eu sou minha consciência e meu corpo.Não se pode afirmar, até o momento, que não existe nada após a morte, porém tudo indica que é esse o caso. Mas é fato que, mesmo que exista algo após a morte, sem a consciência não há a individualidade e nem existência. Se o “eu” não existir, é o fim de tudo, ao menos para o “eu”. Portanto, para todos os efeitos, a morte é o fim.




2 comentários:

Anônimo disse...

Para escrever o artigo citado aqui por você fiz algumas pesquisas e encontrei uma monografia chamada Does Mind Survive Physical Death? (David Fontana Cardiff University) na qual o autor procura demonstrar que a consciência é exterior ao corpo e portanto imortal baseado na hipótese de serem verídicas as experiências de quase-morte.
Uma premissa fraca, na minha opinião, mas mesmo assim é interessante ver sua argumentação.

Um abraço

Accioli disse...

Obrigado pela ajuda, o estudo dos casos de Near-death experience é bem interessante.

[]´s