domingo, 21 de dezembro de 2008

Cuidado com as Falácias.

Uma grande quantidade de informações que circulam pela Internet, por e-mail e em outros meios de informação são falácias, a falácia tem todo o aspecto de um argumento correto e válido, embora não o seja. Esse é seu grande perigo: parece correto, mas não é, além do que, leva a outros erros de pensamento, como conclusões erradas. Existem três grandes categorias de falácias: (A) aquelas baseadas em ''truques de palavras''; (B) aquelas que representam a perversão de métodos de argumentos legítimos, especialmente o indutivo; e (C) aquelas que representam argumentos extraviados ou desencaminhados.

Alguns exemplos que lembro ter visto:

LSS (Lauril Sulfato de Sódio) no xampu causa câncer.
Os perigos do Aspartame.
A Internacionalização da Amazônia.
A cobra do McDonald’s

Entre muitos outros, por isso, antes de sair repassando e-mail para os amigos, tente verificar se a fonte da informação é confiável, ou pelo menos, se existe alguma fonte de informação vinculada a noticia que possa ser verificada, ou corra o risco de divulgando mais falácias na rede :-)

Lembrei de um anuncio antigo do jornal Folha de São Paulo, que alertava sobre as falácias do tipo “Meias-Verdades”...

“É possível falar um monte de mentiras falando só a verdade”.




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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Lucro e Trabalho.


Quanto vale o seu trabalho? Porque alguns ganham tanto e outros tão pouco, será que para a sociedade continuar evoluindo a única maneira é manter o sistema como é hoje, egoísta, injusto e desumano, um reflexo do próprio instinto humano.

A crise econômica mundial esta ai, e toda crise é também uma oportunidade, de repente, uma oportunidade de mudança para melhor, afinal sonhar é preciso!

Abaixo achei um reportagem antiga mais bastante atual falando sobre Capital privado, trabalho, juros e lucro, a eterna discussão, vale a pena ler.

A sociedade, tanto animal quanto humana desde cedo, reconheceu que, para atingir seus objetivos, deveria trabalhar em equipe. Atividades diferentes com objetivos comuns. Cada um faz a sua parte e todos se beneficiam. Com a complexidade das atividades humanas, perdeu-se a clareza da importância de cada uma delas, especificamente, em relação ao total. A sua importância no objetivo comum, ficou subjetiva. Que nada mais seria do que, cuidando do indivíduo, garantir a sobrevivência da espécie. Cada um acha que aquilo que faz é fundamental, mais do que fazem os outros.Querem ser remunerados de acordo com essa importância.

Tornou-se necessário um "denominador comum", lógico e intuitivo, para promover justiça social. A recompensa deveria ser proporcional ao trabalho realizado. Quem trabalhasse mais seria mais remunerado e quem não trabalhasse, nada receberia. Entre zero e vinte quatro horas diárias é o que cada um pode fornecer de contribuição para a sociedade. E deveria ser remunerado por isso, adequadamente. Esta é a unidade, a "moeda", não importa se traduzida em Reais, dólares ou yens.

E apenas a mão de obra, braçal ou intelectual, deve ser remunerada. Só isto faz sentido. Este é o trabalho. Como se encaixa neste pensamento o capital? O capital é trabalho acumulado. Se uma entidade qualquer dispõe de mão de obra de muitos, ela pode realizar coisas que individualmente seriam impossíveis concretizar. Requisitar mão de obra foi o meio de "acumular capital" utilizado para construir grandes obras, antigamente. Aquedutos, pirâmides no Egito e no México, por exemplo. O serviço militar obrigatório é um exemplo de "requisitar" mão de obra, hoje em dia. Recolher impostos, nada mais é que requisitar mão de obra, acumular capital.

Esta entidade governamental ou não, entretanto, não é proprietária do capital que foi requisitado. Apenas o gerencia. Por isto a finalidade deste gerenciamento deve ser o bem comum e nunca beneficiar apenas alguns poucos indivíduos (ou beneficiar entidades que pertencem a poucos indivíduos). Ou seja capital existe mas sua propriedade é coletiva. Sempre. Trabalhando, individualmente, é impossível acumular capital em grande quantidade. Assim o capital privado, existindo, foi usurpado.

Tirado de outros. E nada justifica isso. Aceitar a existência de capital privado é concordar com a existência do roubo. Ou seja nada é válido, tudo é possível. Lei da selva. Esqueça-se a remuneração do trabalho. Esqueçam-se os acordos. Vale tão somente a força, o egoísmo. É a ausência de vida coletiva, ausência de sociedade. Qualquer palavreado no sentido de que é normal, aceitável, "que é assim mesmo", apenas está querendo validar o absurdo, que alguém possa ter à sua disposição mais, muito mais, do que vinte e quatro horas por dia de trabalho.

Uma mentira, uma impossibilidade, só isso. Na verdade trabalho e capital privado são incompatíveis. Mutuamente exclusivos! Se uma sociedade dispõe-se a ser remunerada pelo trabalho, é impossível valer igualmente a existência de capital privado (excessivo), representativo deste mesmo trabalho. Mesmo assim ele existe. Por que as pessoas foram convencidas "que é assim mesmo". Pelo palavreado e pela força. "Forçar a barra" é necessário. Como vem acontecendo, no Iraque, por exemplo.

Tudo que lá existe já foi "privatizado". É capital privado que foi "gerado". Falta apenas estabilizar e consolidar as coisas. Com uma legislação e governo "democráticos". Mas não é só o trabalho que traz recompensa. A sorte, a oportunidade, a "visão empresarial" remuneram também, às vezes. Bill Gates, por exemplo. Uma colheita inesperadamente generosa, uma caça excepcionalmente bem sucedida, o abaixar-se e catar uma pepita de ouro do solo, um poço de petróleo encontrado ao acaso, o ganhar em uma loteria, o "acertar" um nicho de mercado, fazem isso. Intuição, genialidade são as explicações.

Mas acontece também, em igual quantidade, o contrário. Muito trabalho é perdido involuntariamente. É o azar, a fatalidade. Explica-se assim a riqueza, o capital privado e também a pobreza. Não justifica porém, incompreensíveis que são. Pois que, trabalhando, não poderiam existir diferenças muito grandes entre as pessoas. São raros, sorte e azar, tanto um quanto outro. Se assim não fosse a humanidade não chegaria até nossos tempos. Estaria extinta, já há muito tempo. Se o azar fosse muito freqüente.

Deveria valer portanto a normalidade ou seja, a recompensa pelo trabalho executado. Se isso não acontece mundialmente é simplesmente porque a riqueza de uns está sendo feita às custas de outros. Dentro da legalidade e fora dela. Só isso. Quais as principais ferramentas dessa usurpação? O "livre mercado", no comércio e nas finanças, ou seja o lucro e os juros. E força bruta ou velada, para garantir que assim seja. Todas as atividades, exigem trabalho.

Pois que, coisas são criadas e transformadas. Envolvem pois trabalho sempre. Assim também as atividades intelectuais. Menos os juros e o lucro. Estes independem de trabalho. São convenções, acordos que são feitos. Como não envolvem necessariamente materiais, que devem ser criados, produzidos, transformados e movimentados, os juros e o lucro são "virtuais".

Independem da matéria, da inércia, tempo de reação, das propriedades inerentes a ela, da física, da química. Ou seja podem ser executadas quase que instantaneamente. Existem apenas na imaginação das pessoas. Mas, com resultados financeiros concretos. Os computadores, o que os fez ser extremamente velozes, é a não existência de movimento mecânico em seus componentes (a não ser discos rígidos, disquetes).

A decorrente ausência de inércia é que possibilitou que sejam extremamente rápidos. Este é o destino também dos juros e do lucro. Como não envolvem necessariamente matéria, podem ser cada vez mais freqüentes, podem ser feitas até à velocidade da luz, como os computadores.

E atingir o infinito facilmente. Cada vez menos materiais e pessoas participam, as demoras são cada vez menores, tudo é cada vez mais automático. Com a "assinatura eletrônica" válida, até a papelada e a negociação ficou supérflua. Assim um lucro (que poderia até ser pequeno) multiplicado por milhares de transações instantâneas, certamente é muito. Exorbitantemente muito

O lucro é remuneração do nada. A única condição para que ele exista é que alguém "sangre" por ele. Neste aspecto o juro é até mais "humano", pois que envolve capital, que deve existir, e um "tempo de empréstimo". O comércio deve aguardar um certo tempo para só então ver a cor do dinheiro. Ou negociar os títulos com bancos e financeiras.

No caso de financeiras deve decorrer certo tempo, até que outro empréstimo possa ser feito, com o mesmo dinheiro. Deram um jeito entretanto, nesse inconveniente. Fazem empréstimos com dinheiro que não existe. Emprestam até dez vezes o que poderiam emprestar, aquilo que realmente foi depositado. É um risco enorme é claro. Se todos retirassem seus créditos ao mesmo tempo, a financeira iria de "embrulho". Mas Henrique Meirelles não tem nada contra. Além disso, se isso acontecesse, seriam apenas os depositantes que iriam se ferrar.

Os juros e o lucro, promovem a transferência de riquezas entre as pessoas. Sem envolver trabalho. Muitas vezes, nem materiais também. O que vai contra a idéia de uma remuneração, em função do trabalho. Incoerência total.

Por Gerhard Grube 15/12/2004 às 06:32
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/12/297709.shtml
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