sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O dilema dos prisioneiros.


De forma geral, as pessoas possuem uma forte tendência a satisfazer seu interesse individual, sobrepondo-se ao interesse de um grupo, um exemplo:

Você bate seu carro, em um carro importado, com o valor de mercado 5 vezes maior que o seu. O que você faz? Há uma forte tendência a deixar o local, pois ninguém viu você bater no carro. Além disso, para você, o pagamento dos prejuízos do carro importado é bastante alto. Sendo que, para o proprietário daquele automóvel provavelmente não o seria. Mas, é em função de atitudes como essa que muitas vezes, os custos dos seguros acabam aumentando.

A Teoria dos Jogos é uma análise matemática de situações que abrangem interesses em conflito com o objetivo de apontar as melhores opções para se alcançar o objetivo.

Ela foi criada na década de 40 pelo matemático americano John Von Nneumann e pelo austríaco Oskar Morgenstern (The Theory of Games and Eeconomic Behavior) que misturaram a economia e a organização social aos jogos de estratégia. O melhor exemplo para a teoria dos Jogos é justamente o dilema dos prisioneiros, que explica claramente, que por vezes a melhor decisão individual pode prejudicar o grupo em sua totalidade.


(The Theory of Games and Economic Behavior) O dilema dos prisioneiros.

Esse estudo foi formulado na década de 50 por matemáticos da Universidade americana de Princeton.

A história fictícia consiste no seguinte: Dois criminosos são presos e interrogados separadamente. A polícia não possui provas concretas contra eles. A única maneira de condená-los seria fazer com que um acusasse o outro. A polícia dá aos criminosos a vantagem de escolher uma opção que mais lhes favoreça: - Se os dois permanecerem calados, ambos terão a liberdade.- O prisioneiro que denunciar o outro ganha a liberdade e ainda uma soma em dinheiro. Com isso, o outro prisioneiro pegará prisão perpétua e pagará a soma em dinheiro ao seu delator.- Mas, se os dois se acusarem, os dois serão condenados.

A melhor opção, obviamente seria a de ambos permanecerem calados, pois assim eles teriam a liberdade. Todavia, o prisioneiro A sabe que B está pensando a mesma coisa, e sabendo que não poderia confiar nele, constata que a melhor saída seria denunciar B. Isto porque se esse se calar, A continuaria livre. Mas se B também denunciá-lo, A seria condenado de qualquer forma, mas pelo menos não ficaria sozinho. Por outro lado, B pensa exatamente da mesma forma que A. Conclusão: ambos acabam pensando logicamente da pior maneira, usando da traição mútua e sendo condenados. A decisão racional de cada um , leva a um resultado irracional (negativo) para ambos.

Analisando o dilema dos prisioneiros, assim como se pode especificar em diversas situações, por vezes a melhor decisão individual pode prejudicar o grupo em sua totalidade. Além disso, se a situação alcança muitas pessoas e todos se esforçam para conseguir o melhor para todo o grupo, é comum que um se esforce menos e outros mais, chegando ao final com o mesmo benefício comum a todos.

(Negociação e conflitos : livro didático / Morgana Aparecida de Matos ; UnisulVirtual, 2006).
Clique aqui para ler o texto completo.